Está na hora de entender o que é voz reflexiva, voz passiva sintética e voz passiva analítica. O professor Wilson Rochenbach vai eliminar qualquer dúvida que você tenha:
Se a voz ativa é aquela cujo sujeito executa a ação e a voz passiva é aquela cujo sujeito sofre a ação, o que se pode deduzir é que a voz reflexiva apresenta um sujeito que executa e sofre a ação.
Exempo: José cortou-se com a faca.
- Observe que o pronome se representa o próprio José, ou seja, “José cortou a si mesmo com a faca”.
- A voz reflexiva ainda pode representar reciprocidade. Observe:
- Nós nos abraçamos.
- A ação do verbo é reflexiva, porém há ainda a ideia de reciprocidade: “Nós abraçamos um ao outro.”
- Maria e José se beijaram, ou seja, Maria e José beijaram um ao outro.
Facinho, né! Agora vamos às características da voz passiva.
A voz passiva
Você encontra a
- Voz passiva analítica: é sempre formada por uma locução verbal. Vejamos os exemplos:
- As encomendas foram entregues pelo carteiro.
- A casa foi cercada de policiais.
Há nas frases o sujeito passivo “as encomendas” e “a casa”, a locução verbal “forma entregues” e “foi cercada” o agente da passiva “pelo carteiro” e “de policiais”. O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de, como se vê no exemplo acima.
A voz passiva analítica pode ocorrer também com tempo composto (ter ou haver + particípio), ou com locução verbal. Não se esqueça de que o tempo e o modo verbal devem ser mantidos. Observe:
Resumo de Voz Reflexiva
Veja agora com a professora Mercedes a Voz Ativa, a Voz Passiva, e a Voz Reflexiva.
Viu só como ficou mais fácil para entender com o resumo da professora Mercedes? E têm mais aulas com a Mercedes no canal do Curso Enem Gratuito.
Voz passiva sintética ou pronominal:
Ela é chamada assim porque se resume a um único verbo. Porém, ela deve ter, necessariamente, uma marca para que não se transforme em voz ativa que é o pronome se – pronome apassivador, por isso também chamada de pronominal.
- Construiu-se uma nova ponte.
- Se tirássemos o pronome se, teríamos uma frase na voz ativa, com o sujeito oculto. Assim:
- Construiu uma nova casa. Nesse caso, o sujeito seria ele, oculto. Portanto é o pronome se que transforma essa frase em uma voz passiva sintética.
Dica importante
É importante observar uma característica da voz passiva sintética: ela normalmente não apresenta agente da passiva.
Agora, veja o teste mais importante que se deve fazer para verificar se realmente é voz passiva sintética: transformá-la em analítica.
Alugam-se cadeiras de praia. => Cadeiras de praia são alugadas.
sujeito sujeito
Viu como é muito fácil identificar o sujeito na analítica? Essa verificação é imprescindível para que haja a concordância adequada: o verbo deve concordar com o sujeito.
Esse teste é necessário para que se possam resolver questões de concordância nos concursos. Se o sujeito foi identificado, faz-se a concordância e ponto final. Observe o exemplo abaixo:
- a) “Aumentou-se” os preços dos combustíveis.
- Para verificar se é voz passiva e se o sujeito é “os preços dos combustíveis”, faz-se a transformação para a sintética:
- b) Os preços dos combustíveis foram aumentados.
sujeito
Entenda a voz passiva sintética
Observe que é possível a transformação e que o verbo auxiliar “foram” está no plural para concordar com o núcleo do sujeito “preços”; portanto temos realmente voz passiva sintética. Porém, há um erro de concordância na frase “a”: o verbo está no singular e o sujeito, no plural. A forma correta é:
- Aumentaram-se os preços dos combustíveis.
sujeito - Vendem-se apartamentos.
- Apartamentos são vendidos.
- Dessa forma, o verbo está concordando com o sujeito. Viu só como é “facinho, facinho”?
Além de questões que solicitam a identificação da voz verbal, há, de forma recorrente, nos concursos, questões que abordam a concordância na voz passiva sintética. Para verificar se ocorre concordância ou não, é só fazer a transformação. Na frase:
Precisa-se de professores.
o verbo está no singular porque de professores não é sujeito, nem poderia ser, pois vem introduzido pela preposição em (regência do verbo precisar).
Este termo funciona como objeto indireto do verbo precisar, portanto não determina concordância. Veja como a transformação é impossível:
Professores são precisados.
Acho que essa frase não fica muito boa. Xiiiiii! Inclusive “compromete a vida dos professores.” Este caso é o que se chama sujeito indeterminado. Mas isso fica para o próximo post, certo?
Dica 1: Entenda o que são vozes verbais – https://blogdoenem.com.br/gramatica-enem-vozes-verbais/
Dica 2: 5 dicas para arrasar na prova e fazer uma redação Enem nota mil https://blogdoenem.com.br/5-dicas-redacao-enem/
Assista agora à aula de 14min e 34 s sobre concordância verbal do professor Marcelo Braga
Fique ligado! Frequentemente, os vestibulares apresentam questões sobre esse assunto. A partir de agora, tenho certeza de que você não vai ter mais dúvidas sobre as questões concordância com a voz passiva sintética.