Alta Idade Média – Revisão de História vestibular e Enem. Confira.

Veja uma revisão completa sobre o que aconteceu após a queda do Império Romano na Alta Idade Média, na Europa Feudal, e na Baixa Idade Média. Confira abaioxo nesta aula de História para o Enem e fique preparado para o Enem e o vestibular!

Revisão Enem gratuita sobre as mudanças na Alta Idade Média. Confira abaixo as mudanças radicais no mapa politico do continente europeu após a queda do Império Romano. Vale para o vestibular e o Enem.

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Cartografia da idade média

A queda do império romano fez aparecer no cenário europeu vários reinos bárbaros de pouca importância; o principal possivelmente foi o dos francos. Os francos já dominavam a Gália antes da queda dos impérios e, durante as ondas invasoras, tentar ficar fora das lutas; com o natural fim das vagas de povos germânicos na Europa ocidental, ocorreu a formação do reino dos francos com Clóvis. Desejoso de um maior controle de seu povo batizou-se, assim como suas tropas, visando agradar a maioria cristã de seu reino; também foi com ele que teve início uma dinastia: a dos merovíngios.

A falta de zelo pelo poder e a vida de prazeres fúteis criaram uma séria de reis chamados de “indolentes”, deixando o poder aos “prefeitos de palácio” ou “major domus”. A constante concentração de poderes em suas mãos fez com que um deles, Carlos Martel, após a batalha de Poitiers, em 732, contra os árabes, tomasse o poder deixando ao filho Pepino, o Breve, a coroa. Visando ao apoio da Igreja, foi doado o Patrimônio de São Pedro, um conjunto de terras nas redondezas de Roma que se transformou no centro da atual Itália.

Deu-se início a uma nova dinastia, a dos carolíngios, sendo o seu nome mais famoso Carlos Magno, que foi coroado o primeiro imperador da Idade Média, no natal do ano 800. Seu reinado foi propício à criação de escolas, difusão da arte e da História, ficando esse tempo conhecido como Renascimento Carolíngio , mas com sua morte tudo isso teria um lento fim. Seus netos disputaram o poder e acabaram por dividir o império em três partes: Lotário ficou com a área central, Carlos, o Calvo, com a futura França e Luís, o Germânico, com a futura Alemanha. A divisão foi feita através do Tratado de Verdum em 843. Tais dinastias logo teriam fim, provocando vários conflitos.

A Europa Feudal

O fim de Roma e seu império (a parte ocidental) jogou a Europa em um túnel sociocultural, onde o regresso do desenvolvimento humano foi grande, marcando o princípio da chamada Era das Trevas, pois a cultura estava nas mãos da Igreja.

A palavra feudo tem suas origens ou no francês ou alemão arcaico, no primeiro vem de gado e no segundo de terra; há ainda origem no latim “foedum”, que era a relação entre os colonos e os donos das vilas.

O feudalismo advém da junção de elementos romanos, como o colonato, as vilas autossuficientes, a hierarquia e as noções de Estado; com elementos bárbaros, como o “comitatus” (bandos temporários e armados que visavam ao saque) e a produção agrária autossuficiente. Isso deu uma característica forte na economia, que era voltada para o feudo, com uma subsistência marcante. As trocas de produtos eram comuns e eram mínimas as trocas com moedas, havendo uma preferência pelas chamadas trocas naturais.

A sociedade era estamental, ou seja, dividida em estamentos, marcada pelo nascimento. Existiam três estamentos básicos: o clero, a nobreza e os servos; neste último, havia vilões ou homens livres, servos e escravos (em pequeno número). Quase não havia ascensão social, esta ocorria mais entre os nobres que se transferiam para o clero, por vontade ou forçados. As relações sociais eram comuns, entre os nobres existiam as relações de vassalagem, que era basicamente a passagem de um feudo, marcado pela fidelidade entre os nobres e com obrigações militares. Isso se dava com a cerimônia de investidura, tendo-se a presença da Igreja (um representante).

As relações feudo-servis eram as obrigações que os servos tinham para com os seus senhores. Entre elas destacamos:

Na política o rei era o principal susserano, mas sua força era muitas vezes limitada pelos seus vassalos. Um senhor feudal ao mesmo tempo em que fosse vassalo, poderia também ser susserano de alguém. Por causa disto, a política era descentralizada, onde até os papas disputavam o poder, que permeava entre três esferas distintas: o poder local – senhor feudal; poder nacional – rei e o poder universal – papa.

A Igreja era forte no período, afirmava constante­mente que seu poder advinha de Deus. Homens e mulheres que escolhiam devotar suas vidas à cristandade tornavam-se monges e freiras na maioria das vezes e acabavam por entrar em mosteiros ou conventos. A primeira ordem monástica surgiu com Bento de Núrcia, em 529; a vida do clero regular era regulamentada pelo cumprimento de determinadas ordens, sendo essas muito rígidas para os padrões comuns.

A cultura estava concentrada nas mãos dos clérigos, que formavam bibliotecas, preservando assim muitos conhecimentos.

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Rotas conhecidas na europa feudal

A Baixa Idade Média

O crescimento do sistema feudal passou a provocar certos problemas, principalmente no século IX, quando terminaram as invasões de vikings ao norte, árabes ao sul e magiares ao leste da Europa, acarretando um aumento considerável da população, porém, não acompanhado de um aumento da produção. O número de nobres sem feudos começou a crescer e a preocupar a Igreja; já que andavam em bandos, duelando entre si. Assim como os nobres, os servos também mostraram um crescimento em sua população, todavia, as técnicas de plantio continuavam as mesmas.

Aproveitando os maus tratos dados pelos turcos, agora senhores da Terra Santa, aos cristãos em peregrinação e o pedido de ajuda do imperador bizantino, visto como uma possibilidade de união das Igrejas cristãs pelo papa, assim como uma chance para tomar o poder em suas mãos, o papa Urbano II conclamou os cristãos em Clermont, para que fosse feita uma expedição militar contra os infiéis muçulmanos para libertar a Terra Santa. Surgiram então as Cruzadas, num total de oito, sendo divididas basicamente em dois grupos: da 1ª a 3ª com motivos mais religiosos e sociais e da 4ª a 8ª por motivos mais econômicos e políticos.

As cruzadas provocaram a abertura do mar Mediterrâneo à navegação ocidental. Os europeus, principalmente os italianos, haviam perdido o medo de navegar e passaram a cruzar o mar, criando rotas comerciais, comprando e trocando produtos vindos do oriente. O luxo foi tendo seu lugar entre os homens de posses e estimulando o aparecimento de mercados por toda a Europa; tal fato marca o chamado Renascimento Comercial e Urbano, pois os mercados e o comércio tinham que ser feitos em cidades ou em lugares de concentração populacional. As cidades sempre existiram durante a Alta Idade Média, entretanto, o número de habitantes tinha sido drasticamente reduzido, mas também surgiram novas cidades, oriundas das rotas de trânsito ou ainda de “nós” comerciais (cruzamento de rotas). As principais rotas eram as de Flandres, Champagne, Mediterrânea e do Mar Norte.

Dica 1 – Revise sobre Esparta, Atenas, O império e os principais pontos da civilização grega – História Enem – https://blogdoenem.com.br/civilizacao-grega-historia-enem/

Os produtos passaram a cruzar a Europa de norte a sul e leste a oeste, favorecendo o surgimento de uma nova classe social: a burguesia, que morava e trabalhava nos burgos, nome dos povoados franceses; porém também surgiram os artesãos, que fabricavam produtos para a venda nas mãos dos burgueses. Esses trabalhadores estavam ligados a uma Corporação de Ofício, que protegia, dava amparo e protegia da concorrência, controlando os preços, a qualidade, a quantidade e a venda de um determinado produto. Dentro dos burgos elas dominavam uma rua que concentrava os artífices de uma determinada profissão. Um problema grave para a burguesia nascente foi o choque com o poder dos senhores feudais, gerando atritos, que terminavam na compra da liberdade da cidade (Cartas de Franquia), ou com a intervenção real.

Desafios

Questão 1

No início da Idade Média tivemos a formação de vários reinos bárbaros. Como se deu a formação de tais reinos?

a) Com as invasões bárbaras e a queda do império romano.

b) Com o apoio fundamental da burguesia nascente.
c) Devido à crise do século XIV.
d) Devido ao apoio que a Igreja dava em troca de conversões em massa dos bárbaros, principalmente no caso dos vândalos.

e) À necessidade de defesa da Europa perante as invasões árabes.

Dica 2 – Que tal relembrar sobre o Egito, os sumérios e a sociedade de castas? Revise com esta aula sobre o surgimento da humanidade e fique preparado para o Enem! – https://blogdoenem.com.br/historia-enem-surgimento-sociedade/

Questão 2

Entende-se por “Renascimento Carolíngio”:

a) a revitalização da arte gótica.

b) o uso de cores sintética nas pinturas.
c) a revitalização da arte, pintura e, sobretudo, escrita do reino de Carlos Magno.
d) um movimento eclético surgido na Itália sob inspiração romana.

e) a volta da arte nas igrejas góticas.

Questão 3

O trabalho nas terras do senhor feudal e o pagamento de parte da produção servil ao mesmo são chamados de:

a) Talha e banalidades.
b) Banalidades e talha.
c) Corveia e talha.
d) Corveia e banalidades.
e) Banalidades e corveia.

Questão 4

O que foram as Cartas de Franquias?

a) Cartas que liberavam alunos para os estudos eclesiásticos em um determinado mosteiro.

b) Cartas compradas pelos burgueses conseguindo liberdade comercial.
c) Carta pelas quais as cidades se viam livres do domínio de um senhor feudal.
d) Documento estabelecendo os direitos de um senhor feudal sobre uma cidade recém-conquistada.
e) Documento dado aos comerciantes isentando-os da cobrança de impostos.
Dica 3 – História Enem – Bandeiras, Entradas e monções: a conquista do sertão – https://blogdoenem.com.br/historia-conquista-sertao/

Questão 5

(FATEC 95) Apesar de não terem alcançado seu objetivo – reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas repercussões, porque:

a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à região.

b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.

c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.

d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.

e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios europeus.

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