A importância dos Direitos Humanos na Redação Enem

Os Direitos Humanos na redação Enem estão diretamente ligados à elaboração de uma proposta de intervenção para concluir o seu texto. Você já sabe como fazer?

Você conhece a relação e a importância dos Direitos Humanos na Redação Enem? Sim, você leu certo! Dominar esse tema pode ser a chave para garantir uma nota 1000

Certamente você já percebeu que o Enem busca muito mais do que decorar fórmulas ou escrever frases bonitas. A prova quer avaliar se você tem senso crítico, sabe analisar informações e defender um ponto de vista de forma clara e convincente. 

E adivinha só? Os Direitos Humanos frequentemente estão relacionados ao tema da redação e te ajudam a mostrar tudo isso (e muito mais!) para os examinadores. Então, que tal saber mais sobre o assunto? Continue lendo! 

O que são Direitos Humanos?

Imagine um mundo onde todos os seres humanos, independentemente de raça, gênero, religião, nacionalidade, orientação sexual ou qualquer outra característica, sejam tratados com dignidade, respeito e liberdade

Essa é a base fundamental dos Direitos Humanos: um conjunto de princípios e normas que garantem a todos os indivíduos a proteção de seus direitos básicos.

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Contexto histórico: da Declaração Universal à atualidade

As primeiras sementes dos Direitos Humanos foram plantadas ainda nas sociedades primitivas, quando a necessidade de organização social se tornou evidente. As regras e normas que surgiram nesse contexto, embora rudimentares, estabeleceram bases para a harmonia e a coexistência pacífica.

Em 539 a.C., o Cilindro de Ciro, um decreto do rei persa Ciro, marcou um ponto importante. Esse documento libertava o povo hebreu do cativeiro babilônico, proclamava a liberdade religiosa e estabelecia a igualdade racial na região.

No entanto, a ideia de Direitos Humanos ainda estava longe de ser universalizada. 

Na Roma Antiga, por exemplo, a Lei das Doze Tábuas, promulgada em 450 a.C., permitia a execução de bebês nascidos com deficiências, demonstrando a disparidade entre as concepções de justiça naquela época.

Foi durante a Idade Média e Moderna que documentos importantes começaram a incorporar princípios relacionados aos Direitos Humanos. A Carta Magna da Inglaterra, em 1215, limitou o poder dos monarcas e estabeleceu a ideia de que ninguém está acima da lei.

Na Idade Moderna, a Declaração de Direitos (Bill of Rights) da Inglaterra, em 1689, consolidou a vitória do parlamentarismo sobre o absolutismo e proclamou a liberdade de eleição dos membros do Parlamento.

A Declaração da Independência dos EUA, em 1776, foi um marco fundamental. Ao afirmar que “todos os homens são criados iguais“, serviu de inspiração para movimentos de independência em todo o mundo.

No entanto, a escravidão ainda assolava grande parte do planeta. No Brasil, a escravidão perdurou por três séculos, deixando feridas profundas que persistem na sociedade até hoje.

O jusnaturalismo moderno, nascido na Idade Moderna, propôs a existência de uma lei natural universal, superior às leis criadas pelos homens. Essa teoria rompeu com a tradição medieval que vinculava os direitos à vontade divina, muitas vezes utilizada para justificar a opressão.

O jusnaturalismo influenciou as grandes revoluções liberais dos séculos XVII e XVIII, como a Revolução Francesa, que resultou na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789.

As atrocidades da Primeira e Segunda Guerra Mundial sensibilizaram a comunidade internacional. Em 1945, a Carta das Nações Unidas foi assinada, fundando a ONU com o objetivo de promover a paz e a segurança internacionais.

Em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi elaborada pela ONU, representando um marco histórico na luta por um mundo mais justo e equitativo. A DUDH reconheceu a dignidade da pessoa humana e proclamou que todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos.

A DUDH impulsionou a criação do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos, composto por diversos tratados internacionais e órgãos responsáveis por monitorar o cumprimento desses direitos pelos países signatários.

Atualmente, a Assembleia Geral da ONU conta com nove principais tratados internacionais de Direitos Humanos, cada um com um Comitê de especialistas que acompanha a implementação por parte dos Estados membros.

O Brasil é signatário de diversos tratados internacionais relacionados aos Direitos Humanos e tem feito progressos na sua implementação. No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados, como a desigualdade social, a violência e a impunidade.

Direitos humanos na redação Enem

Desde a sua criação, o Enem sempre esteve conectado à avaliação da capacidade do candidato de se posicionar como cidadão crítico e engajado na sociedade

E qual tema mais central para essa avaliação do que os Direitos Humanos? Anualmente, os temas da redação giram em torno da cidadania, questões sociais e desafios da sociedade brasileira

Daí a importância de compreender e defender os Direitos Humanos como requisito fundamental para construir um texto de sucesso.

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Competência 5: a chave para a nota máxima

A competência 5 da redação, que avalia a proposta de intervenção, é exatamente onde os Direitos Humanos assumem um papel essencial. Para construir uma proposta consistente, eficaz e com alto potencial de nota máxima, é fundamental que você demonstre:

  • Compreensão crítica do tema da redação: demonstrar conhecimento profundo sobre os aspectos relevantes do tema, incluindo os impactos dos Direitos Humanos na problemática em questão.
  • Respeito à diversidade de pensamentos: reconhecer e considerar diferentes perspectivas sobre o tema, evitando ofensas, preconceitos e discriminação.
  • Proposição de soluções viáveis e justas: apresentar medidas concretas e factíveis para solucionar o problema abordado, sempre em consonância com os princípios dos Direitos Humanos.

Ferir os Direitos Humanos na redação Enem pode zerar a prova? 

Em 2018, uma mudança significativa impactou o Enem: a proibição de zerar a redação por ferir os Direitos Humanos

Essa decisão foi tomada em resposta à ação da Associação Escola sem Partido, que defendia a liberdade de expressão dos candidatos. Embora a redação não seja mais zerada por esse motivo, a atenção aos Direitos Humanos ainda é essencial

Ferir os Direitos Humanos na sua redação pode levar à nota zero na Competência 5, comprometendo seriamente seu desempenho no exame.

Além disso, respeitar os Direitos Humanos na redação Enem te coloca em vantagem:

  • Argumentação sólida: mostra sua capacidade de construir uma argumentação consistente e bem fundamentada, com base em dados, fatos e exemplos relevantes.
  • Maturidade intelectual: demonstra sua maturidade intelectual e capacidade de lidar com temas complexos de forma crítica e reflexiva.
  • Cidadania ativa: evidencia seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, valorizando os Direitos Humanos e a diversidade.

Videoaula direitos humanos na redação Enem

Para ficar ainda mais clara essa questão sobre zerar ou não a prova, assista à videoaula apresentada pela professora Daniela Garcia. 

Ela fala sobre a mudança nas regras do exame e mostra exemplos de textos em que os candidatos desrespeitam os Direitos Humanos na redação Enem, zerando a competência 5. 

Recursos para uma redação nota 1000

Agora que você já sabe qual é a importância dos Direitos Humanos na redação Enem, é hora de conhecer recursos para potencializar os seus conhecimentos e habilidades de escrever um bom texto. 

Para saber mais sobre os Direitos Humanos, indicamos algumas obras: 

Carandiru (2003)

Baseado nas experiências do médico Dráuzio Varella, “Carandiru” convida a uma profunda reflexão sobre a realidade do sistema prisional brasileiro. 

Através da história de um médico sanitarista que se dedica à prevenção do HIV/Aids no maior presídio da América Latina, o filme mostra a realidade brutal do dia a dia dos detentos.

Ao longo da narrativa, somos transportados para dentro das paredes de Carandiru, presenciando a violência policial, a superlotação, a precariedade das condições de vida e a desumanização dos presos.

Amar é para os fortes (2023)

“Amar é Para os Fortes” é uma série que tece um retrato visceral da realidade das favelas brasileiras, expondo as violações constantes dos Direitos Humanos, a falta de acesso à justiça e a desumanização dos moradores.

A história gira em torno de duas mães: Rita, uma mulher negra e pobre que perde seu filho em uma operação policial, e Edna, mãe branca e de classe média alta do policial responsável pela morte.

A série celebra a força e a resiliência das mulheres das favelas, destacando a importância da família, da comunidade e da fé como pilares de sustentação em meio às adversidades.

“Amar é Para os Fortes” é um convite à reflexão e à ação, ao questionamento das estruturas de poder que perpetuam a violência e a buscar soluções para construir uma sociedade mais justa e humanizada.

Nise: O Coração da Loucura (2015)

Em um Brasil marcado por preconceitos e práticas desumanas na saúde mental, surge a figura da psiquiatra Nise da Silveira. Determinada a desafiar o status quo, ela se rebela contra os métodos brutais de eletrochoque e lobotomia utilizados no tratamento da esquizofrenia.

Ao chegar ao Hospital Engenho de Dentro, Nise se depara com pacientes negligenciados, expostos à violência e privados de qualquer direitoEla inicia uma revolução silenciosa, buscando alternativas mais compassivas e eficazes para o tratamento da loucura. 

Nise assume o comando do setor de terapia ocupacional, transformando-o em um refúgio de arte, literatura, bem-estar e interação social. Através de atividades como pintura, música, dança e teatro, ela abre espaço para que os pacientes expressem suas emoções, explorem sua criatividade e se conectem com a vida fora dos muros do hospital.

“Nise: O Coração da Loucura” é um filme biográfico e também um poderoso manifesto contra a crueldade e a desumanização na saúde mental, que emociona com a força e a perseverança de Nise da Silveira. 

Sua luta incansável por um tratamento mais humano da loucura nos inspira a defender os direitos humanos das pessoas com transtornos mentais e a construir um futuro mais justo e inclusivo para todos.

Curso Redação Enem Começando do Zero

Aproveite as dicas e comece hoje mesmo o Curso Redação Enem Começando do Zero, do Curso Enem Gratuito. 

Você vai aprender, com a professora Daniela Garcia, a escrever um texto dissertativo-argumentativo do início ao fim, contemplando as cinco competências e também os Direitos Humanos na redação Enem. 

  

Melina Zanotto

Melina Zanotto é Jornalista, formada pela Universidade de Caxias do Sul em 2007. De lá para cá, sempre atuou com conteúdo digital em seus mais diversos formatos. Hoje, é redatora da Rede Enem, produzindo textos para o Blog do Enem e Curso Enem Gratuito.
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