Redação Enem: tira-dúvidas de Regência Verbal. Aula gratuita

Escreveu errado perde pontos na hora da correção oficial. É a regra na Redação do Enem. Confira os 10 erros mais comuns na Regência Verbal para não cair nas pegadinhas que mais derrubam os candidatos.

Prepare-se para Redação do Enem ou do Encceja de olho num dos aspectos que mais causam dúvidas na hora de escrever. A regência verbal derruba geral. Escreveu errado, perdeu pontos. Confira aula gratuita com dicas, exemplos, e sugestões para você não cair nas armadilhas.

A Regência Verbal

  1. Maria namora com José” está errado. O certo é “Maria namora José“.
  2. Prefiro dormir do que ir a festas” também está errado. A forma correta é “Prefiro dormir a ir a festas“.
  3. Quem nunca cometeu errinhos como os dessas sentenças?
  4. A regência verbal é um aspecto que sempre nos deixa em dúvida e que acaba nos prejudicando em nossas redações.

Mais duas dicas importantes:

  1. Essa dificuldade em escrever ocorre muitas vezes, pois na linguagem oral não costumamos empregar corretamente as regências dos verbos. Lembre-se que as regras de correção da Redação Enem ficaram mais apertadas.
  2. Os pequenos deslizes gramaticais não são mais perdoados. Então, para não marcar bobeira na redação do Enem ou do Encceja, chegou a hora de retomar esse conteúdo. A Regência Verbal é sua aliada na Redação.

Os 10 erros mais comuns de Regência na Redação

1 – “Fazem dez anos que não vemos tantas mudanças”. O verbo “fazer” no sentido de tempo, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal, ou seja, fica no singular: Faz dez anos… Faz muito frio…

2 – “Há muito tempo atrás, comprei uma bicicleta.” O verbo “há” tem sentido de tempo passado, logo não há necessidade de adicionar “atrás”. Ou você escolhe um ou outro: Há muito tempo… Tempos atrás… Há dez anos… Dez anos atrás.

3 – “Houveram muitas passeatas nesta semana em prol da igualdade racial.” O verbo haver acompanha o mesmo raciocínio do verbo “fazer”, citado acima. No sentido de existir ou na ideia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal: Houve muitas passeatas… Há tempos não o vejo… Havia algumas cadeiras disponíveis.

4 – “Para mim escolher, preciso de um tempo.” Na dúvida verifique quem é o sujeito do verbo. No caso, o verbo “escolher” não tem sujeito, pois “mim” não pode ser! O certo seria o pronome “eu”: para eu escolher.

5 – A expressão “para mim” só funciona quando é objeto direto: Traga essa folha para mim. Dessa forma, sempre diga e escreva: Para eu fazer, para eu levar, para eu falar, pois o verbo precisa de um sujeito!

6 – “A situação vinha de encontro ao que ele desejava.” Se é uma situação que a pessoa desejava, será: ao encontro de, expressão que designa favorecimento, estar de acordo. Já a locução “de encontro a” tem sentido de oposição, de choque: Ele foi de encontro ao poste.

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Muito bom este resumo da professora Tharen Teixeira. Têm mais aulas com ela no canal do Curso Enem Gratuito.

Veja mais três erros de Regência Verbal

 7 – “Esse assunto fica entre eu e você!” Quando a preposição existe, neste caso “entre”, usa-se o pronome oblíquo. O correto é: entre mim e você ou entre mim e ti.

Portanto, use pronome oblíquo tônico (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas) após preposição: falava sobre mim, faça por nós, entre mim e você não há problemas, falavam entre si.a Regência Verbal derruba muita gente na redação do Enem

8 – “Então, pegou ele pela gola.” Quando for necessário que um pronome seja objeto direto (pegou algo: ele), nunca coloque pronome pessoal, opte pelo caso oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes): Pegou-o, avisou-o, apresentei-a, levou-nos, ama-me, leva-nos.

9 – Aonde você estava? “Aonde” indica ideia de movimento, enquanto “onde” refere-se somente a lugar. Portanto: Onde você estava? E Aonde nós vamos agora?

10Esse ou Este? –  “Esse ano vamos fazer diferente.” Se é o ano vigente, então use o pronome “este”, uma vez que indica proximidade.  Confira o pronome “este” indicando proximidade: Esta sala de aula, esta semana está sendo ótima, este dia vai ser abençoado, este ano está sendo o melhor de todos, esta noite veremos estrelas.

A Regência Verbal correta

– A maioria dos verbos da língua portuguesa apresenta apenas uma transitividade, ou seja, uma única regência. Há, porém, os que apresentam múltipla regência. Vamos nos ater a revisar estes, pois dominar a aplicação correta das regências vai contribuir para o seu sucesso na Redação Enem.

  • Em primeiro lugar, vale lembrar que, quanto à regência verbal, os verbos são classificados assim:
  • 1 – Transitivo direto, quando seu complemento é um objeto direto;
  • 2 – Transitivo indireto, nos casos em que o complemento é um objeto indireto;
  • 3 – Transitivo direto e indireto, que apresentam um objeto direto e um indireto; e,
  • 4 – Intransitivo, que se apresenta sem objeto.

 

O Presente do Indicativo

Confira com a professora Jéssica Fiorini, que também é do canal do Curso Enem Gratuito, uma aula-show sobre a conjugação verbal mais utiizada no Brasil: O  Presente do Indicativo:

Mandou bem a professorar Jéssica!

Não quer pagar mico na Redação Enem? Agora é assim: Errou na Regência Verbal, perdeu pontos na Redação. Para ajudar você a mandar bem na Redação consultamos no site Info escola uma lista de verbos que corriqueiramente nos deixam com dúvida sobre qual regência aplicar:

ASPIRAR – O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Ele é transitivo direto quando significa “sorver”, “tragar”, “inspirar” e exige complemento sem preposição. Como nos exemplos: “Ela aspirou o aroma das flores.” e“Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo.”.  E se caracteriza como um verbo transitivo indireto quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”.

Exemplos: “O candidato aspirava a uma posição de destaque.” e “Ela sempre aspirou a esse emprego.”. Vale observar que quando esse verbo é transitivo indireto, não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”. Exemplo: “- Aspiras a este cargo? – Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”).”

ASSISTIR – O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo. Nos casos em que ele é transitivo indireto traz o significa de “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”.

Exemplos: “Assisti a um filme. (ver)”, “Ele assistiu ao jogo.” e “Este direito assiste aos alunos. (caber)”. Ele é transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição. Exemplo: “O médico assiste o ferido. (cuida)”. Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”, como no exemplo: “Assistir ao paciente.”.

Já quando o verbo “assistir” significa “morar”, ele é intransitivo e exige a preposição “em”. Exemplos: “O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)”, “Eu assisto no Rio de Janeiro.”.  “No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar.

Dica  – Redação Enem: Você sabe o que é Coesão Textual? Aulas grátis aqui –  https://blogdoenem.com.br/redacao-enem-gratis/

CHAMAR – O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.

Exemplo: “O professor chamou o aluno.”.  Ele é transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”. Exemplo: “Ela chamava por Jesus.”.

Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto, admitindo as seguintes construções: “Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)”; “Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)”; “Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)”, e “Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)”.

VISAR – Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição). Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto. Exemplos: “O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)” e “O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)”. Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.

Exemplos: “Muitos visavam ao cargo.” e “Ele visa ao poder.”. Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe. Vale observar que quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida. Exemplo: “Ele visava atingir o posto de comando.”.

ESQUECER – LEMBRAR – Os verbos lembrar e esquecer são transitivos diretos quando exigem complemento sem preposição. Como observamos nos exemplo: “Ele esqueceu o livro.”.

Eles são transitivos indiretos quando exigem complemento com a com a preposição “de”. Exemplos: “Ele se esqueceu do caderno.”; “Eu me esqueci da chave.”; “Eles se esqueceram da prova.”, e “Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.”.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses.

Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes, veja: “Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)” e “Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)”.  O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).

PREFERIR – É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto (complemento sem preposição) e um objeto indireto (complemento com preposição). Exemplos: “Prefiro cinema a teatro.” e “Prefiro passear a ver TV.”. Não é correto dizer: “Prefiro cinema do que teatro”

SIMPATIZAR – É um verbo transitivo indireto e exigem a preposição “com”. Exemplo: “Não simpatizei com os jurados.”.

QUERER – Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto (no sentido de “ter afeto”, “estimar”). Exemplos: “A criança quer sorvete.” e “Quero a meus pais.”.

NAMORAR – É transitivo direto, ou seja, não admite preposição. Exemplo: “Maria namora João.”. Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

OBEDECER – É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a). Exemplo: “Devemos obedecer aos pais.”. Vale observar que, embora seja transitivo indireto esse verbo pode ser usado na voz passiva. Exemplo: “A fila não foi obedecida.”.

VER – É transitivo direto, ou seja, não exige preposição. Exemplo: “Ele viu o filme.”.

 

Este post sobre Regência Verbal foi elaborado por Amanda Nascimento. Ela é formada em jornalismo pela Unisul. Atualmente é acadêmica do curso de Letras – Português e Literaturas, na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, editora de revistas, e colaboradora do Blog do Enem. Amanda está aqui no Facebook:  https://www.facebook.com/amanda.nascimento.9066 .

Amanda e a Regência Verbal

 

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