O edital do Enem, publicado em 02 de junho, confirmou a realização do Enem em novembro de 2021, tanto na versão impressa quanto na digital. Inscrições devem ocorrerão entre junho e julho.
No dia 2 de junho de 2021, o Inep publicou o edital do Enem 2021, confirmando a realização das provas em novembro. De acordo com o edital, as provas serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro de 2021. Além disso, o Enem impresso e o Enem digital acontecerão nas mesmas datas. Por fim, as inscrições vão ocorrer entre os dias 30 de junho e 14 de julho.
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Enem em novembro confirmado
O edital confirmou a realização do Enem em novembro. Confira como ficou o cronograma:
- Inscrições: 30 de junho a 14 de julho
- Pagamento da taxa de inscrição: até 19 de julho
- Aplicação das provas: 21 e 28 de novembro
Demora para a confirmação das datas causou incerteza
Geralmente o edital do Enem é publicado entre março e abril, mas em 2021 só foi publicado em junho. O atraso é um dos indícios do impasse sobre a definição do cronograma.
No dia 3 de maio, o ex-presidente do Inep, Alexandre Lopes, apontou o atraso do planejamento do Enem em uma entrevista concedida ao jornal “O Globo”. Ele afirmou o seguinte:
“O planejamento do Enem deste ano está bastante atrasado, tanto da execução quanto da elaboração da prova. Acho que há um risco de jogarem o Enem para o ano que vem utilizando como desculpa a pandemia”.
Além disso, há uma série de indícios que apontam para a aplicação do Enem somente no início de 2022. Entre eles estão a divulgação de um edital que trata apenas da isenção da taxa de inscrição, a publicação de metas institucionais do Inep que não incluem a realização do Enem em 2021 e supostos vazamentos de informações internas do Inep. Para saber mais, confira nosso post sobre as reviravoltas das datas do Enem.
Orçamento insuficiente para o Enem 2021
O Ministro da Educação enviou ao Ministério da Economia um ofício dizendo que a verba do Enem 2021 é insuficiente para aplicar a prova a todos os participantes.
De acordo com o documento, “Especificamente com relação ao Enem, a insuficiência orçamentária resultaria na inexecução dos serviços, tendo em vista a quantidade de participantes prevista para 2021”. Ou seja, se a verba não aumentar, não será possível aplicar o Enem ainda em 2021.
O Inep prevê gastar R$ 794 milhões este ano na aplicação do Enem. Contudo, o instituto está com R$ 226,7 milhões bloqueados. Isso é resultado de um bloqueio de verbas realizado pelo presidente Jair Bolsonaro no mês de abril.
Como o valor do orçamento ainda é incerto, o planejamento do exame acaba prejudicado. Sem definição de verbas, há o atraso nas inscrições e na impressão dos cadernos de prova. Dessa forma, o prazo fica apertado, e a segurança e a qualidade do exame ficam comprometidos. Por isso, ainda há dúvidas sobre a viabilidade da aplicação do Enem e novembro.
Diretor responsável pelo Enem pede demissão do Inep
Em meio à indefinição das datas do Enem, o diretor responsável pelo exame, coronel da Aeronáutica Alexandre Gomes da Silva, foi exonerado de seu cargo na última quarta-feira (26/5). Ele estava à frente da Daeb (Diretoria de Avaliação da Educação Básica), divisão do Inep que tem a função de organizar exames como o Enem.
De acordo com o Inep, o próprio ex-diretor tomou a decisão de deixar o cargo, por motivos pessoais. Ele assumiu a função em março após seu antecessor, Carlos Roberto Pinto de Souza, morrer por complicações da Covid-19.
O presidente do Inep, Danilo Dupas, nomeou Anderson Soares Furtado Oliveira como novo diretor interino da área. Oliveira faz parte do Inep desde 2013. Ele já integra o Daeb, onde ocupa o cargo de coordenador-geral do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
Isenção da taxa de inscrição
Os estudantes que desejaram obter a isenção de taxa de inscrição do Enem tiveram de 17 a 28 de maio para fazer o pedido. No entanto, o edital publicado pelo Inep que trata apenas da justificativa de ausência e da isenção não menciona os candidatos que faltaram na última edição por causa da pandemia.
Em 2020, a abstenção foi recorde: 55,3% na edição impressa e de 71,3% na versão digital. Os estudantes que faltaram por medo da pandemia, por exemplo, não conseguem justificar sua ausência.
Representante do Inep avisa candidatos que terão de reaplicar provas pro causa de lotação das salas na UFSC. Foto: Diorgenes Pandini/NSC. Fonte: https://glo.bo/3vtCQWb
Tendo isso em vista, parlamentares da Frente Mista pela Educação defendem isenção a todos os candidatos que se enquadrem nos critérios socioeconômicos. Dessa forma, não seria necessário justificar a ausência para conseguir obter a isenção da taxa de inscrição.
De acordo com o autor do requerimento, o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), as regras atuais penalizam os estudantes e impõem uma barreira a quem deseja fazer o exame. Entretanto, o prazo para pedir isenção chegou ao fim e as regras ainda não foram revistas.