Não perca a chance de revisar os métodos contraceptivos para gabaritar nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares. Têm a camisinha, o DIU, a tabelinha e ainda os mecanismos de proteção contra Doenças Sexualmente Transmissíveis. Confira.
Métodos Contraceptivos protegem você na iniciação sexual e ao longo da vida. E, fazem parte do conteúdo de Biologia para o Enem e os Vestibulares. Veja:
Os métodos contraceptivos ajudam a evitar uma gravidez indesejada. Afinal, para nós, humanos, sexo não serve apenas para reprodução. Nós fazemos sexo também como maneira de expressar carinho, de sentir prazer. O sexo em nossa espécie também pode ter uma função social a depender do contexto e da cultura social ou religiosa onde a pessoa vive.
Há muito tempo a humanidade já procura por métodos eficazes para impedir a gravidez, como por exemplo, a utilização de peles de animais em volta do pênis na antiguidade, como recurso precursor à popular camisinha. Primeiro surgiu a versão masculina, e, depois, uma versão feminina. Veja nesta imagem educativa acima o uso correto destes dois sistemas de proteção: a camisinha feminina e a camisinha masculina.
Após muitos séculos onde apenas o desenvolvimento da camisinha masculina estava como uma proposta dominante, em 1960, estimulado por movimentos feministas e por uma ideia de libertação sexual, surge no mercado a primeira pílula anticoncepcional, criada pelo ginecologista Gregory Pincus.
Com o desafio de estabelecer uma disciplina, uma rotina diária de um comprimido feito à base dos hormônios estrogênio e progestina, com variação na dosagem para não permitir o ciclo natural que produz o período de fecundação nas mulheres. Enfim tinha-se um método realmente eficaz para as mulheres, e que revolucionou o comportamento sexual da sociedade naquele período.
Para as mulheres surgiu também o diafragma, criado em 1982. Muito se tentou, apesar do preconceito e dos tabus envolvidos no assunto. Inicialmente o que se pensou foi na libertação sexual da mulher.
O Perigo da AIDS mudou tudo – Porém, o cenário de liberdade sexual se transformou radicalmente com a identificação do vírus da AIDS em 1981,quando a doença já estava disseminada em diversos países pela transmissão sexual direta.
Como não há cura para a AIDS, o uso de uma barreira física como a camisinha para o sexo seguro principalmente na fase de iniciação sexual ou de práticas com parceiros eventuais tornou-se obrigatória como prevenção. E, protege não apenas contra o vírus da AIDS, mas também contra o vírus HPV e outros contágios como Sífilis e Gonorreia.
Veja uma aula completa sobre AIDS, que ainda não tem cura enquanto método disseminado . Você conhece os principais métodos anticoncepcionais e como eles funcionam? Não? Então revise aqui e arrase nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares!
O tipos de Métodos Contraceptivos:
Veja os Métodos contraceptivos comportamentais, os métodos contraceptivos de barreira, os métodos contraceptivos hormonais, e os métodos contraceptivos cirúrgicos. Vamos começar pelos métodos contraceptivos que observam comportamentos sexuais para evitar a gravidez: os métodos comportamentais são a Tabelinha e o Coito Interrompido. Confira:
A Tabelinha:
A tabelinha é um dos métodos contraceptivos mais antigos. Para utilizá-lo a mulher precisa ter um ciclo menstrual regular e conhecê-lo bem. O segredo desse método é evitar a relação sexual durante o período fértil da mulher.
Consideramos como período fértil o período de sete dias compreendido entre os três primeiros dias antes da ovocitação (ovulação) e os três dias seguintes a este evento.
Para calcular o dia da ovocitação, é necessário contar 14 dias após o primeiro dia de menstruação. Assim, se a mulher menstruou no dia 1 do mês de setembro, ela provavelmente irá liberar seu gameta no dia 14 de setembro. Dessa maneira, seu período fértil será entre os dias 11 e 17 de setembro.
Veja aula gratuita sobre o Ciclo Menstrual nas mulheres:Para maior eficiência desse método é necessário que a mulher tenha ciclo menstrual regular de 28 dias.
Com muita frequência este método pode falhar, pois, como é regulado por hormônios, o ciclo menstrual pode ter variações influenciadas por diferentes fatores.
Dica 1: Revise aqui o sistema genital masculino! Veja este super post, com aula do professor Paulo Jubilut e dicas da professora Juliana Evelyn.
O Coito interrompido:
O coito interrompido, assim como a tabelinha, é um método contraceptivo comportamental. Neste método, o homem retira o pênis da vagina momentos antes de ejacular. Este método exige muito autocontrole do homem. Além disso, ele pode ser bastante falho.
Entenda melhor este método com esta aula gratuita sobre o Aparelho Reprodutor Masculino: O principal problema do método contraceptivo do Coito Interrompido é o fato de que antes da ejaculação, o homem libera um líquido para limpar a acidez da urina na uretra.
Esse líquido pode empurrar alguns espermatozoides presentes nos ductos ejaculatórios, diminuindo a eficácia deste método.
Métodos contraceptivos de barreira:
Métodos contraceptivos de barreira são aqueles que formam barreiras de modo a impedir a passagem do espermatozoide até o gameta feminino. Veja o Diafragma, a Camisinha, e o DIU (Dispositivo Intrauterino)
O Diafragma:
O diafragma é um método contraceptivo de barreiraonde a mulher introduz na vagina uma concha plástica composta por um anel flexível coberta por uma borracha fina. Para entender melhor como funciona o Diafragma veja esta aula gratuita sobre o Aparelho Genital Fenimino:O uso do Diafragma funciona como uma concha que cobre a entrada do útero, encaixando-se no colo do útero.
Para que haja maior eficácia, o diafragma deve ser utilizado juntamente com uma pomada espermicida, que ‘mata’ ou ‘inibe’ a ação dos espermatozóides em busca do óvulo para a fertilização.
Dica 2: Você sabe como os gametas humanos são produzidos? Não? Então revise aqui com o Blog do Enem.
A Camisinha:
A camisinha é um método contraceptivo de barreira altamente eficaz. Além de impedir a gravidez, a camisinha é o único método contraceptivo que também previne a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a AIDS e a sífilis.
Há dois tipos de camisinhas: a camisinha masculina, feita de látex que envolve o pênis durante a relação sexual, e a camisinha feminina, composta por um tubo de poliuretano com dois anéis flexíveis, onde um é encaixado próximo ao colo do útero e o outro fica para fora do corpo feminino. Veja nos esquemas na imagem do início do post como utilizar os dois tipos de camisinha:
Dica 3: Não perca a chance de revisar também o ciclo menstrual! Veja aqui com vídeo-aula do professor Artur Ramos e dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos.
O Dispositivo intra-uterino (DIU):
Os DIUs são aparatos de plástico, recobertos de cobre ou hormônios. Esses dispositivos são inseridos por um ginecologista dentro do útero da paciente e podem ter um tempo de duração de 6 meses a 5 anos.
O cobre pode atuar como espermicida e os hormônios alteram as características uterinas, impedindo ou dificultando a passagem de espermatozoides. Além disso, caso a fecundação ocorra, a presença do DIU dificultará a nidação (processo de fixação do embrião no útero).
Métodos contraceptivos hormonais:
São os métodos que utilizam hormônios para evitar a ovocitação (ovulação) ou impedir a fixação do embrião no útero.
Anticoncepcional hormonal combinado oral. As ‘pílulas’:
As pílulas anticoncepcionais são métodos contraceptivos hormonais extremamente eficazes. Elas consistem em estrogênio combinado a progesterona. Esses dois hormônios juntos impedem a liberação do gameta feminino, uma vez que os níveis de hormônio inibem a liberação de gonadotrofinas (FSH e LH) pela hipófise.
Além disso, as pílulas contraceptivas modificam o muco cervical, tornando-o mais espesso e hostil aos espermatozoides. Em geral, uma cartela de pílulas anticoncepcionais possui 21 pílulas que devem ser tomadas diariamente, interrompendo a ingestão ao fim da cartela, dando um intervalo de 7 dias durante a menstruação.
Existem, basicamente, três tipos de pílulas anticoncepcionais: as monofásicas, onde todas as pílulas possuem as mesmas doses hormonais; as multifásicas, pílulas que possuem diferentes taxas hormonais variando de acordo com o período do ciclo menstrual; e as de baixa dosagem ou minipílulas, que são pílulas com apenas um dos hormônios (geralmente progesterona), geralmente utilizadas por mulheres durante a amamentação.
Pílula do dia seguinte:
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência. O hormônio contido nesta pílula é o levonorgestrel que impede a ovulação, a fecundação ou ainda implantação do embrião no útero.
Em uma cartela desse tipo de pílula há dois comprimidos: o primeiro deve ser ingerido pela mulher no máximo 72 horas após a relação sexual desprevenida e a segunda 12 horas após a primeira.
Dica 5: Revise também o sistema endócrino humano e conheça mais sobre a hipófise. Veja aqui neste super post com uma divertida aula da Khan Academy.
Adesivos, anéis e implantes hormonais: Algumas mulheres podem ter efeitos colaterais bastante indesejáveis na utilização de contraceptivos hormonais orais, como enjoos e náuseas.
Assim, há alternativas hormonais como os adesivos (colados na pele durante uma semana de cada ciclo), os anéis vaginais (colocados na vagina a partir do 5º dia de menstruação) e os implantes (bastões colocados sobre a pele do antebraço e que liberam hormônios por 3 anos).
Os Métodos Cirúrgicos:
Também chamados de métodos contraceptivos definitivos, as cirurgias impedem a passagem do espermatozoide, sem interferir na produção de hormônios.
Vasectomia: A vasectomia é o método de esterilização definitiva masculina. Nesta cirurgia são feitas duas pequenas incisões no saco escrotal para que o cirurgião chegue aos canais deferentes. Ambos os canais que saem de cada testículo são cortados e amarrados. Assim, os espermatozoides são produzidos, porém não conseguem chegar aos líquidos ejaculatórios que são eliminados sem a presença dos gametas.
Laqueadura tubária: A laqueadura tubária é um procedimento um pouco mais complicado que a vasectomia. Neste método as tubas uterinas (alojadas dentro do abdómen feminino – daí a maior dificuldade deste método) são cortadas e amarradas.Assim, mesmo que os espermatozoides entrem no corpo feminino, eles não conseguirão chegar ao óvulo, uma vez que seu caminho pelas tubas uterinas terá sido interrompido. Veja na imagem acima a Vasectomia e a Laqueadura:
Simulado Enem de Métodos Contraceptivos
Agora é hora de você testar pra valer o que aprendeu nesta aula. Responda a 10 questões interativas do Simulado Enem de Métodos Contraceptivos. São questões de Biologia das provas do Enem e dos Vestibulares mais puxados. Teste o seu nível aqui: Clique na imagem acima para fazer o Simulado Enem Gratuito sobre os Métodos Contraceptivos. São apenas 10 questões, com gabarito na hora.
Dica 4: Antes de continuar estudando os métodos contraceptivos, é importante conhecer aqui as partes do sistema genital feminino. Para revisar este assunto, veja este post com aula do professor Paulo Jubilut e dicas da professora Juliana Evelyn dos Santos.
É hora dos Exercícios! Resolva estes desafios e compartilhe as respostas que você encontrou.
Agora que você já sabe tudo sobre os métodos contraceptivos, que tal testar seus conhecimentos?
1) (Enem 2013) A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos de maior segurança, sendo constituída basicamente de dois hormônios sintéticos semelhantes aos hormônios produzidos pelo organismo feminino, o estrogênio (E) e a progesterona (P). Em um experimento médico, foi analisado o sangue de uma mulher que ingeriu ininterruptamente um comprimido desse medicamento por dia durante seis meses.
Qual gráfico representa a concentração sanguínea desses hormônios durante o período do experimento?
Resposta: A