Nada de escrever como se fala na Redação Enem. Escreveu 'nóis vai' ou então 'o pessoal foram' é ir direto para uma nota baixa. Veja agora no resumo as diferenças entre linguagem oral e linguagem escrita
Falar parece ser mais fácil que escrever, não é verdade? A Linguagem Oral flui em nossos diálogos. Quando falamos não nos preocupamos com acentuação, se pontuamos adequadamente e muitos outros detalhes exigidos pela norma culta do português. Mas, a regra oficial é utilizar a linguagem formal na escrita na Redação Enem para não perder pontos utilizando a linguagem oral fora de contexto.
Linguagem Oral x Linguagem Escrita
A Linguagem Oral é informal. Além de simplificarmos as regras do idioma enquanto estamos falando outros pontos que acabam nos ajudando no ato da fala, pois nos valemos da entonação de voz, dos gestos e das expressões faciais.
Saber diferenciar o que é linguagem oral e a linguagem escrita dentro das normas exigidas pela Redação Enem ‘vale ouro’ para não perder pontos na correção. Durante a fala é mais fácil interromper uma ideia para acrescentar uma explicação ou reformular o pensamento. Falar é mais prático e dinâmico. No entanto, sabemos que não podemos dispensar a escrita.
E, mais: precisamos tomar alguns cuidados para que não extrapolar os vícios da fala para o papel. Observe a imagem a baixo, onde o autor desta redação escreveu a mensagem com características da oralidade:Se fossemos transcrever a mensagem para com ela deveria ser na linguagem escrita, ela ficaria mais ou menos assim:
“Soltar pipa com cerol pode ser uma brincadeira perigosa. Essa mistura de cola com caco de vidro triturado é responsável por uma série de acidentes, alguns tão graves que levam a vítima a óbito. Por isso, eu resolvi escutar a minha mãe, que me aconselhava a não soltar pipa. Meu pai também falou ‘não solte pipa’. Mesmo sem soltar pipa, eu sou um garoto feliz.”.
Aula Gratuita: As linguagens Oral e Escrita
Confira agora com a professora Kel um resumo simples e rápido para você entender as diferenças entre a Linguagem Formal e a Linguagem Informal.
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Como planejar a redação
A fim de expressar-se claramente na escrita, acostume-se a planejar a redação (esquematizar o que pretende escrever) e reescrevê-la até que as ideias estejam perfeitamente claras, compreensíveis. Pergunte a si mesmo, colocando-se no lugar do leitor, se o texto está claro e se traduz seu pensamento.
Tenha paciência com você: um bom texto não vem ao mundo de uma hora para outra… Outra coisa: escrever não é meramente transpor a fala para o papel. Observe:
Texto I (falado)
– “Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara… Fiquei olhando, imaginando um jeito de dize!; bem, você sabe, né? De dizer aqueles negócios que fico pensando sem ela. Era hora, agora, vou lá, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, tá na minha… Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um estado… Virei as costas, meu irmão, e me mandei…”
Texto II (escrito)
– “Digo a você que ela estava lá, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a imaginando um jeito de dizer o quanto era importante para mim, dizer o que pensava dela quando estava a sós comigo mesmo. Pensei ser a hora certa, conversa1: Mas me faltou coragem. Fugi.”
Veja a análise:
Como você pode observar, há características peculiares de um texto escrito. Ele deve se apresentar como um todo semântico, com as partes bem amarradas, desprovido das marcas de oralidade tais como repetições, pausas, inserções, expressões vulgares ou continuativas. Não se confunde com a Linguagem Oral.
A língua escrita parece pertencer a outro universo, embora consigamos registrá-la facilmente. Há concordâncias, regras; além do que outra exigência da escrita é sua apresentação formal: os parágrafos devem começar a uma distância certa da margem e com letra maiúscula; as palavras devem ser separadas umas das outras por espaços em branco; as orações devem ser pontuadas; as palavras necessitam de ortografia oficial.
No entanto, deve ficar bem claro que tais exigências não constituem a qualidade principal de um texto escrito: saber grafar corretamente as palavras ou acentuar seguindo as regras não quer dizer que se escreva bem porque saber escrever é, antes de tudo, saber transpor com clareza e eficiência as ideias para o papel. É assim que se constrói um bom texto.
Dicas de Linguagem oral x escrita
1) Escrevemos para dar um testemunho de nossa existência e… eficiência, não apenas para tirar uma nota, passar num vestibular;
2) É preciso que leiamos o que escrevemos com o olho do outro, ou seja, autocrítica é fundamental;
3) Precisamos nos familiarizar com a escrita, e devagar colocarmos nossos pensamentos na forma desejada.
De dentro para fora…
Mas… de nada adiantará a você saber bem regras de ortografia, pontuação, acentuação, concordância verbal e nominal, se não tiver aquilo que pode chamar de “estofo”, ou seja, sua redação só será boa caso se disponha a cuidar, antes de realizá-la, de seu intelecto. Não se escreve sobre aquilo que não se sabe.
Portanto, disponha-se a ler jornais, revistas, livros, a observar o mundo e a verificar que verdades costumam ter dois lados. Reconheça de que lado está. Afinal, você já ouviu dizer que “Quem quer conhecer o gato deve levar em consideração também o ponto de vista do rato.”
Leia bastante, discuta sobre o que leu, debata suas ideias, construa seu universo intelectual. Cresça, enfim, de dentro para fora. Invista em você, em sua criatividade, em sua capacidade de estar atento. Assim você melhora sua escrita, e consequentemente a qualidade da sua Redação.
Escrever é decorrência do ato de pensar. Então, leia de tudo um pouco: filosofia, religião, política, bula de remédio, receita de bolo, história em quadrinhos, editoriais de jornais, notícias de assassinatos, outdoors, poemas, romances, resumo da sessão da tarde.
Dessa forma, estará construindo seu lado de dentro, um universo muito mais rico, e buscando construir um discurso próprio, particular, marca de sua própria individualidade. Afinal, só escrevemos uma boa redação quando sabemos bem sobre o que vamos escrever.
Conteúdo bônus: Linguagem Verbal x Linguagem Não Verbal
Veja agora com a professora Mercedes Bonorino um resumo super rápido e preciso sobre as diferenças entre Linguagem Verbal e Linguagem Não Verbal. Esse tema cai direto nas provas do Enem, no Encceja e nos vestibulares.
Todo ano têm questões sobre Interpretação e Textos e sobre Intertextualidades onde é preciso dominar as características das Linguagens Verbal; Não Verbal, e de Linguagem Mista para resolver. Confira agora.
As dicas da professora Mercedes:
- As linguagens verbal, não verbal e mista são temas recorrentes no Enem e também nos vestibulares.
- Para entender quais são as suas características e como identificá-las, nesta aula vamos exemplificar cada um destes termos distinguindo e aproximando-as.
- De modo rápido podemos definir a linguagem verbal como aquela que é transmitida pela voz, pela escrita e assim ela é como o próprio nome diz, verbalizada.
- Além da utilização da linguagem verbal, a sociedade contemporânea emprega cada vez mais as linguagens não verbal e mista, possibilitando novas maneiras de se comunicar e de interagir.
- Logo, essas ocorrências com as variações da Linguagem Verbal, e ocorrências das linguagens não verbal e mista acabam sendo conteúdos muito presentes nos vestibulares e nas questões do Enem.
- Não somente na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, mas em todas as áreas do conhecimento. Nesta aula, a professora Mercedes fala sobre as diferenças entre esses tipos de linguagem, dá exemplos e resolve um exercício sobre o assunto com você. Assista acima.
A estrutura da redação: |
1 – A Estrutura da Redação |
2 – Como fazer a Introdução da Redação |
3 – Como defender um ponto de vista |
4 – Três técnicas para fazer uma boa Conclusão |
Aprendeu os quatro passos da Redação? Então agora é a vez de conhecer as 10 dicas de Português essenciais para a prova de Linguagens.
10 Dicas de Português para as provas do Enem
Gostou das dicas? Muito boas, mesmo.
Então, vale a pena pensar na estrutura da escrita, assim mesmo, como uma estrutura que exige um comportamento diferente da língua falada.