Teste seus conhecimentos sobre ética com exercícios do Enem e vestibulares! São 10 questões com gabarito e um resumo para lembrar do pensamento de teóricos do tema!
Ética é um dos conceitos que mais aparecem nas questões de Ciências Humanas no Enem. Por isso é um assunto que você não pode deixar de fora da sua revisão. Confira nosso resumo e teste seus conhecimentos com nossa lista de questões sobre ética!
Resumo sobre ética
A ética é parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes na sociedade.
Antiguidade Clássica
O estudo da ética iniciou na Grécia por volta do século V a. C. Umas das primeiras reflexões filosóficas sobre as questões morais foi protagonizada por Sócrates, que almejava estabelecer juízo crítico racional para distinguir a verdadeira virtude via dialogo e reflexão.
Seu discípulo, Platão, foi influenciado por esta ideia. No entanto, pensava também que os conceitos morais deveriam residir simultaneamente no indivíduo e na cidade como meio de alcançar a felicidade. Além disso, Platão entendia que uma pessoa só pode tomar decisões corretas quando a parte racional da sua alma fala mais alto.
Nesse sentido, e de maneira geral, para os gregos a ética visava alcançar felicidade. Isso pode ser visto em “Ética a Nicômaco”, o primeiro tratado de ética do Ocidente e que foi escrito por Aristóteles.
Ética na filosofia moderna
Avançando no tempo, podemos chegar até a Idade Moderna com Immanuel Kant. Para ele, a ética atenua a importância da felicidade em relação às ações morais que praticamos. Todavia, Kant acreditava que a moralidade vigente não deve impor ao indivíduo o que ele deve fazer, mas sim o indivíduo deve impor a si mesmo uma moral. Ora, desse ponto de vista a moral transcende à história, à cultura e à tradição.
Portanto, Kant valoriza a autonomia, já que coloca o indivíduo na posição de legislador da sua própria mora em detrimento de uma moral exterior. Assim sendo, todos nós somos capazes de pensar como devemos agir. A moral, na perspectiva kantiana, tem como base a lei determinada pelo próprio indivíduo, que agirá de maneira correta porque é seu dever, enquanto sujeito racional, fazê-lo.
Por fim, chegamos ao século XIX com John Stuart Mill. Para ele, a ética se pauta na ideia de que todas as ações morais têm como meta a utilidade em vista da realização da felicidade. Dessa forma, a utilidade é o critério que deve orientar a escolha da ação moral.
Vídeo sobre ética
Antes de partir para as questões de ética, não deixe de conferir o resumo do professor Marciel do canal do Curso Enem Gratuito:
Questões sobre ética
Por fim, teste seus conhecimentos com questões do Enem e vestibulares:
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Pergunta 1 de 10
1. Pergunta
(ENEM MEC/2019)
TEXTO I
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim.
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado).
TEXTO II
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim.
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa. São Paulo: Hedra, 2015.
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:
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Pergunta 2 de 10
2. Pergunta
(ENEM MEC/2019/2ª Aplicação)
TEXTO I
Eu queria movimento e não um curso calmo da existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida.
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
TEXTO II
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; não sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência
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Pergunta 3 de 10
3. Pergunta
(ENEM MEC/2014)
Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultura, 1973.
Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a
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Pergunta 4 de 10
4. Pergunta
(ENEM MEC/2013/2ª Aplicação)
O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo.
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o
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Pergunta 5 de 10
5. Pergunta
(UEL PR/2017)
(Disponível em: <http://xicosa.blogfolha.uol.com.br/ files/2014/02/AngeliIdeologia.gif>. Acesso em: 20 abr. 2016.)
TEXTO
Exercita-te primeiro, caro amigo, e aprende o que é preciso conhecer para te iniciares na política; antes, não. Então, primeiro precisarás adquirir virtude, tu ou quem quer que se disponha a governar ou a administrar não só a sua pessoa e seus interesses particulares, como a cidade e as coisas a ela pertinentes. Assim, o que precisas alcançar não é o poder absoluto para fazeres o que bem entenderes contigo ou com a cidade, porém justiça e sabedoria.
(PLATÃO, O primeiro Alcebíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2004. p.281-285.)
Com base na tirinha, no texto e nos conhecimentos sobre a ética e a política em Platão, assinale a alternativa correta.
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Pergunta 6 de 10
6. Pergunta
(Unioeste PR/2017)
Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. […] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)
Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo […]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. (WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.
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Pergunta 7 de 10
7. Pergunta
(ENEM MEC/2020/Aplicação Digital)
Princípios práticos são subjetivos, ou máximas, quando a condição é considerada pelo sujeito como verdadeira só para a sua vontade; são, por outro lado, objetivos, quando a condição é válida para a vontade de todo ser natural.
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 2008.
A concepção ética presente no texto defende a
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Pergunta 8 de 10
8. Pergunta
(ENEM MEC/2017)
Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que e decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
De acordo com a moral Kantiana, a “falsa promessa de pagamento” pagamento” representada no texto
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Pergunta 9 de 10
9. Pergunta
(UEPG PR/2020)
Sobre o pensamento ético moderno, assinale o que for correto.
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Pergunta 10 de 10
10. Pergunta
(ENEM MEC/2016)
Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como
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