Redação Nota 1000: veja textos e dicas de campeões do Enem

O Blog do Enem selecionou para você cinco campeões do Enem, todos eles aprovados com uma Redação Enem nota mil na correção oficial do MEC. Veja os textos premiados e as dicas da professora Larissa Souza (SAS Plataforma) para você também chegar lá. Vem!

Conseguir uma Redação do Enem nota mil pode parecer impossível. Mas, se tem quem chega lá, por quê você também não pode tentar e conseguir? Veja os textos aprovados pelo MEC com nota máxima. É hora de conferir com os campeões para se inspirar e mandar bem.

Os campeões da redação nota 1000

Os textos de Redação Enem foram todos aprovados na avaliação oficial do INEP com a nota mil. Os feras que conquistaram esse prêmio são a Lívia  Alencar Taumaturgo, a Maria Juliana Bezerra da Costa, a Ana Beatriz Vasconcelos Coelho, a Ester Godinho Sousa, e o Marcus Vinícius M. de Oliveira. O Blog do Enem agradece o envio dos textos, e dá os parabéns para estes campeões do Enem.

A coordenadora de Redação do Sistema SAS, professora Larissa Souza, explicou as 10 dicas que os professores da equipe nacional que ela coordena ensinam aos alunos para mandar bem no texto dissertativo-argumentativo.

Então, se liga: se a sua meta é buscar uma boa nota na correção da Redação do próximo Enem, confira abaixo as dicas da Larissa, e leia as redações nota mil:A professora Larissa Souza é Supervisora de Redação do Colégio Ari de Sá e do sistema SAS Plataforma de Educação. Veja as dicas:

10 Dicas da Redação nota mil

  1. Leia sobre atualidades – Os temas da redação Enem focam em questões atuais e pertinentes à sociedade brasileira, por isso, estar atento ao que acontece no Brasil e no mundo é fundamental para se ter familiaridade com a possível temática abordada.
  2. Aprofunde seu conhecimento sobre história, filosofia, sociologia – Conhecimentos acerca de história, filosofia e sociologia são elementos-chave para dar embasamento à argumentação, assim, estudar os principais conceitos filosóficos e sociológicos, bem como fundamentos históricos, pode conferir à argumentação uma fundamentação teórica produtiva.
  1. Leia a proposta e os textos motivadores com atenção – A primeira tarefa fundamental para construção de uma boa redação é, antes da escrita, a leitura. Ler a proposta com atenção e analisar como os textos motivadores encaminham a discussão do recorte temático é imprescindível à compreensão exata daquilo que a proposta está exigindo dos candidatos.
  1. Construa sua tese – Depois de compreender a proposta, é necessário que se pense em qual posicionamento seguir a respeito do tema. É preciso refletir sobre o ponto de vista a ser defendido de forma que se consiga desenvolvê-lo consistentemente.

Dica do Curso Enem Gratuito: como fazer uma Introdução Perfeita:

Veja com a professora Dani de Floripa como conquistar os avaliadores logo no começo do texto dissertativo-argumentativo:

Muito boas estas recomendações da professora Dani. Agora, siga com as cinco últimas dicas da professora Larissa, do Sistema Plataforma SAS:

  1. Organize e esquematize suas ideias – Ao se analisar como defender uma tese, é comum que muitas ideias surjam acerca do conhecimento existente sobre o tema. É importante estabelecer uma relação coerente entre essas ideias e, a partir disso, esquematizá-las, principalmente se esse esquema for feito no papel, para que se possa “enxergar” o que foi pensado para o texto. Redação Enem nota mil
  1. Selecione os argumentos – Com ideias diversas para pôr no papel, é indispensável que haja uma seleção daquilo que foi pensado a fim de que a argumentação seja consistente, visto que não há como desenvolver várias ideias bem embasadas em apenas 30 linhas. A seleção adequada dos argumentos é essencial para que a redação não consista apenas em exposição de informações e opiniões.
  1. Estruture sua redação – Após a seleção dos argumentos, é preciso saber como estruturá-los de modo que se desencadeiem de forma coesa e coerente para que se possa construir um texto claro e objetivo, o qual cumpra sua função de convencer o leitor, no caso o corretor Enem, quanto à tese pretendida. Nesse sentido, é imprescindível o uso adequado e diversificado de recursos coesivos.

 

  1. Revise seu texto – Após finalizada a escrita do texto, é necessário fazer uma revisão do que foi escrito. Essa revisão será mais proveitosa se tiver apenas um objetivo, por exemplo, o escritor pode fazer uma leitura à procura de possíveis erros de escrita e de gramática ou ler o texto em busca de incoerências entre os argumentos.
  1. Treine sua escrita- Para fazer uma boa redação, é essencial que haja treino constante. Escrever textos semanalmente (ou às vezes até mais de um por semana) fará a escrita fluir mais facilmente, além de estabelecer mais proximidade com uma variedade maior de temas.
  1. Busque corrigir seus erros – A cada correção feita das redações, é fundamental analisar e entender os erros cometidos para aprimorar a escrita até que eles não se repitam.

Veja agora os textos nota mil:

Lívia de Alencar Taumaturgo – Enem 2018.  Aluna de colégio SAS (Ari de Sá).

Segundo as ideias do sociólogo Habermas, os meios de comunicação são fundamentais para a razão comunicativa. Visto isso é possível mencionar que a internet é essencial para o desenvolvimento da sociedade.

Entretanto, o meio virtual tem sido utilizado muitas vezes para a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados, podendo induzir o indivíduo a compartilhar determinados assuntos ou a consumir certos produtos.

Isso ocorre devido à falta de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar” de forma correta na internet, e à ausência de consciência, de grande parte da população, sobre a importância de saber utilizar adequadamente o meio virtual. Esta realidade constitui um desafio a ser resolvido não somente pelos poderes públicos, mas também por toda a sociedade.

No contexto relativo à manipulação do comportamento do usuário pode-se citar, no século XX, a Escola de Frankfurt, já abordava sobre a “ilusão de liberdade do mundo contemporâneo”, afirmando que as pessoas eram controladas pela “Indústria Cultural”, disseminada pelos meios de comunicação de massa.

Atualmente, é possível traçar um paralelo com esta realidade, visto que milhões de pessoas no mundo são influenciadas, e, até mesmo manipuladas, todos os dias, pelo meio virtual, por meio de sistemas de busca ou de redes sociais, sendo direcionadas a produtos específicos, o que aumenta, de maneira significativa, o consumo exacerbado.

Isso é intensificado devido à carência de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar” corretamente na internet, explicando-lhe sobre o funcionamento do controle de dados e ensinando-lhe como ser um consumidor consciente.

Ademais, é importante destacar que grande parte da população não tem consciência da importância da utilização, de forma correta, da internet, visto que as instituições formadoras de conceitos morais e éticos não têm preconizado como deveriam, o ensino de uma “polarização digital”, como faz o projeto Digipo (“Digital Polarization Initiative”), o qual auxilia os indivíduos acessarem páginas confiáveis e, assim diminuir o compartilhamento de notícias falsas, que muitas vezes, são lançadas por moderadores virtuais.

Neste sentido, como disse o empresário Steve Jobs, “a tecnologia move o mundo”, ou seja, é preciso que medidas imediatas sejam tomadas para que a internet possa ser utilizada no desenvolvimento da sociedade, ajudando as pessoas a se comunicarem plenamente.

Portanto, cabe aos estados, por meios de leis e de investimentos, com o planejamento adequado, estabelecer políticas públicas efetivas que auxiliem a população a “navegar” de forma correta na internet, mostrando às pessoas a relevância existente em utilizar o meio virtual racionalmente, a fim de diminuir de maneira considerável, o consumo exacerbado, que é intensificado pela manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados.

Além disso é de suma importância que as instituições educacionais promovam, por meio de campanhas de conscientização, para pais e alunos, discussões engajadas sobre a imprescibilidade de saber usar, de maneira cautelosa, a internet, entendendo a relevância de uma “polarização digital” para conscientização da razão comunicativa, com intuito de utilizar o meio virtual para o desenvolvimento pleno da sociedade.

Viu só que bem elaborado o texto da Lívia? Mereceu mesmo esta nota máxima na Redação do Enem.  Agora, antes de ler o próximo texto premiado, veja em cinco minutos as dicas  sobre como elaborar a Tese e criar a Introdução da Redação do Enem com a professora Dani de Floripa, do canal Curso Enem Gratuito.

Depois tem a Redação nota 1000 da Maria Juliana

Redação Enem nota 1000: Maria Juliana Bezerra da Costa – Aluna SAS – 2017

Em razão de seu caráter excessivamente militarizado, a sociedade que constituía a cidade de Esparta, na Grécia Antiga, mostrou-se extremamente intolerante com deficiências corpóreas ao longo da história, tornando constante inclusive o assassinato de bebês que as apresentassem, por exemplo.

Passados mais de dois mil anos desta prática tenebrosa, ainda é deploravelmente perceptível, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, a existência de atos preconceituosos perpetrados contra essa parcela da sociedade, que são o motivo primordial para que se perpetue como difícil a escolarização plena de deficientes auditivos.

Esse panorama nefasto suscita ações mais efetivas tanto do Poder Público quanto de instituições formadoras de opinião, com o escopo de mitigar os diversos empecilhos postos frente à educação desta parcela social.

É indubitável, de fato, que muitos avanços já foram conquistados no que tange à efetivação dos direitos constitucionais garantidos aos surdos brasileiros.

 Pode- se mencionar, por exemplo, a classificação da Libras – Língua Brasileira de Sinais como segundo idioma oficial da nação em 2002, a existência de escolas especiais para surdos no território no Brasil e as iniciativas privadas que incluem esses cidadãos como partícipes de eventos – como no caso da plataforma do Youtube Educação, cujas aulas sempre apresentam um profissional que traduz a fala de um professor para a língua de sinais.

Apenas medidas flagrantemente pontuais como essas, contudo, são incapazes de tornar a educação de surdos efetiva e acessível a todos que necessitam dela, visto que não só a maioria dos centros educacionais está mal distribuída no país, mas também a disponibilidades de professores específicos ainda é escassa, além de a linguagem de sinais ainda ser desconhecida por grande parte dos brasileiros.

No que tange à sociedade civil, nota-se a existência de comportamentos e de ideologias altamente preconceituosos contra os surdos brasileiros.

A título de ilustração, é comum que pais de estudantes ditos “normais” dificultem o ingresso de alunos portadores de deficiência auditiva em classes não específicas a eles, alegando que tal parcela tornará o “ritmo” da aula mais lento; que colegas de sala difundam piadas e atitudes maldosas e que empresas os considerem inaptos à comunicação com outros funcionários.

Essas atitudes deploravelmente constantes no Brasil ratificam a máxima atribuída ao filósofo Voltaire: “Os preconceitos são a razão dos imbecis”.

Urge, pois, a fim de tornar atitudes intolerantes restritas à história de Esparta, que o Estado construa mais escolas para deficientes auditivos em municípios mais afastados de grandes centros e promova cursos de Libras a professores da rede pública – por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Educação e da realização de palestras com especialistas na educação de surdos –, em prol de tornar a formação educacional deles mais fácil e mais inclusiva.

Outrossim, é mister que instituições formadoras de opinião – como escolas, universidades e famílias socialmente engajadas – promovam debates amplos e constantes acerca da importância de garantir o respeito e a igualdade de oportunidades a essa parcela social, a partir de diálogo nos lares, de seminários e de feiras culturais em ambientes educacionais.

Assim, reduzir-se-ão os empecilhos existentes hoje em relação à educação de surdos na Nação, e formar-se-ão cidadãos mais aptos a compreender a necessidade de respeito a eles, afinal, segundo o filósofo Immanuel Kant: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.

Então, você percebeu a qualidade da Redação da Maria Juliana?

Mandar bem para obter uma Redação Enem nota mil exige dedicação. Mas, dá sim para chegar lá. Veja as dicas do Blog do Enem para você buscar este objetivo:

Quatro passos para a Redação Enem Nota 1000. Veja!

1A Estrutura da Redação
2Como fazer a Introdução da Redação
3Como defender um ponto de vista
4Três técnicas para fazer uma boa Conclusão

Ana Beatriz Vasconcelos Coelho – Redação Enem  2017 nota premiada –  Aluna SAS

No atual contexto social brasileiro, a inclusão de surdos nas instituições de ensino é um verdadeiro desafio que, muitas vezes, não é realizado de forma efetiva, gerando implicações negativas para toda a população. Essa situação fomenta uma atuação mais empenhada por parte do Poder Público e da sociedade em geral no sentido de evidenciar causas e de buscar soluções conjuntas para mudar a referida realidade.

Acerca dessa discussão, é válido ressaltar que, apesar da criação do Estatuto da Pessoa com deficiência, no ano de 2016, o qual garante um sistema inclusivo em todos os níveis de ensino para os indivíduos portadores de deficiência, o país ainda carece de escolas preparadas para acolher esses estudantes.

A referida precariedade tem como uma de suas causas a falta de preocupação das autoridades públicas em formar professores capacitados a oferecer aulas em libras, pois, apesar dessa forma de comunicação já ser reconhecida como a segunda língua oficial do país, ela ainda é pouco difundida.

Com isso, é possível inferir que, ao negligenciar o aprimoramento da formação educacional de surdos, o Estado não está agindo de acordo com o pensamento do economista Arthur Leuris, o qual afirma que, gastos com educação são investimentos com retorno garantido.

Ademais, outra grande dificuldade ao oferecer uma educação de qualidade para os surdos é o preconceito que eles podem sofrer. Segundo dados publicados no jornal Estadão, cerca de 77% dos deficientes já foram vítimas de alguma forma de agressão, como o preconceito.

Tal circunstância pode ser extremamente prejudicial para esses alunos, já que, o sentimento de inferioridade causado pode ser determinante para que haja a evasão escolar.

Portanto, cabe ao Estado voltar mais recursos para a criação de cursos que ofereçam aulas de libras para professores que desejam atuar no ensino de alunos surdos, isso pode ser alcançado por meio de uma administração de gastos mais responsável, visando a capacitação de mais profissionais aptos para exercer essa profissão.

Além disso, é dever da comunidade escolar realizar campanhas educativas sobre o respeito que todos devem ter pelos portadores de necessidades especiais, tais ações devem ser feitas por meio de “banners” e palestras com profissionais especializados no assunto, com o fito de diminuir a evasão escolar desses indivíduos e os casos de preconceito que eles sofrem.


Ester Godinho Sousa –
Redação Enem  2017 nota máxima. Aluna SAS

A plenitude do processo educacional das populações é uma questão essencial para o desenvolvimento psicossocial nas nações, visto que práticas basilares, como a manutenção de vínculos empregatícios e o exercício da cidadania, são bastante facilitados.

No Brasil, entretanto, esse setor vem sendo prejudicado por problemas estruturais e sociais históricos, a exemplo da insuficiência de projetos voltados à educação inclusiva, que são evidenciados nos prejuízos durante a formação intelectual da expressiva parcela populacional de surdos, como a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho, fatos que contrariam os preceitos dos Direitos Humanos e reduzem o desempenho socioeconômico da nação.

Diante disso, os desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil representam uma questão de urgente resolução.

Decerto, um dos principais desafios referentes à problemática é a inserção efetiva dos deficientes auditivos no sistema de educação fundamental devido, principalmente, à insuficiência de práticas inclusivas, como cursos sistemáticos de capacitação dos docentes para a utilização da Língua Brasileira de Sinais, aliada à ocorrência expressiva de casos de violência e de discriminação, como o “bullying”, que difundem a sensação de vulnerabilidade social e prejudicam a permanência desses alunos no ambiente escolar.

Tendo em vista esses aspectos, mudanças jurídicas, como a implementação da lei que obriga as instituições de ensino a matricularem alunos portadores de deficiência sem a cobrança de pagamentos adicionais, vêm auxiliando no combate à discriminação dos surdos e no acesso regular a todas as etapas de ensino.

Entretanto, a fiscalização insuficiente da aplicabilidade dessa medida ainda limita o registro de melhorias mais efetivas.

Além do desafio supracitado, a difusão histórica de estereótipos inferiorizantes relacionados aos surdos prejudica o ingresso efetivo de muitos jovens com formações educacionais exemplares no mercado de trabalho, mesmo diante do progresso representado pela efetivação da Lei de Cotas, que determina a ocupação de um número significativo de cargos nas empresas por portadores de deficiência; fato que reduz a população economicamente ativa do país e dificulta a garantia de outros direitos fundamentais dos surdos, como o acesso a atividades de lazer, que dependem diretamente da conquista de independência financeira, por exemplo, desestimulando, assim, a continuidade das atividades educacionais por esses indivíduos.

Logo, é necessário que ONGs em defesa da causa enviem petições para o governo cobrando maiores investimentos em práticas inclusivas no setor educacional, como o oferecimento de cursos gratuitos de capacitação dos docentes para a democratização do ensino e a integração efetiva dos surdos, aliados à intensificação da fiscalização da aplicação das leis relacionadas já existentes, por meio de campanhas que estimulem as denúncias populacionais sobre escolas que rejeitam o ingresso de alunos surdos, por exemplo, para que a identificação e o combate de situações discriminantes e violentas sejam facilitadas, estimulando, assim, a valorização desses indivíduos e o desempenho adequado de suas capacidades psíquicas nesse nível educacional.

Ademais, profissionais conscientes, como médicos, podem ministrar palestras, para serem divulgadas no meio virtual, que esclareçam sobre o fato das capacidades psicológicas não serem afetadas por problemas auditivos, para que estereótipos preconceituosos sejam “descontruídos”, facilitando, assim, o desempenho psicossocial desses indivíduos surdos e o progresso da nação.

Veja uma análise comentada de uma redação nota mil!

Marcus Vinícius M. de Oliveira – Redação Enem nota mil – SAS

No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população.

Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade governamental.

Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.

Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito, reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação.

Isso pode ser explicado segundo o sociólogo Talcot Parsons, o qual diz que a família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos.

Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.

Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado.

Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues – como em exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.

Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundida socialmente.

Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando Tabu”.

Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando os demiurgos indiferentes à problemática abordada, com o fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que todos saibam, no mínimo, o básico em Libras – e a efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos brasileira.

Como fazer a Redação do Enem

Confira agora as dicas da professora Tharen Teixeira, do canal do Curso Enem Gratuito, com o passo a passo comentado para você montar a Estrutura do texto dissertativo-argumentativo.

Nota da Redação do Blog do Enem: As redações foram publicadas na íntegra, e mantidos os textos originais na transcrição. A única alteração realizada foi a de abrir espaços a cada ‘ponto’ utilizado pelos autores, com o propósito de facilitar a leitura das redações em dispositivos móveis.

A equipe do Blog do Enem agradece a cooperação do Colégio Ari de Sá e da direção da Rede SAS Plataforma para a publicação dos textos aprovados na condição de Redação Enem nota mil. E, em especial à professora Larissa Souza, coordenadora de Redação no Sistema SAS.

João Vianney dos Valles Santos

Psicólogo e jornalista, Vianney é diretor do Blog do Enem. Tem doutorado em Ciências Humanas, coordenou o Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, e Dirigiu o Campus Unisul Virtual. É consultor de EaD da Hoper Educação.
Categorias: Apostilas Enem Gratuitas, Redação Enem Tags: , ,
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