Covid-19, a volta do Sarampo e a crise das vacinas no Brasil

O Sarampo e outras doenças voltaram porque muitas famílias abandonaram a vacinação das crianças. Veja a diferença entre Soro e Vacina, e entenda a crise das vacinas contra o Covid-19 no Brasil.

Doenças como o Sarampo e a Rubéola estão voltando ao Brasil pela falta de cobertura completa na vacinação. Muitas famílias estão vacilando, e colocando toda a sociedade em risco É o movimento anti-vacinação, e que apareceu também durante a fase de vacinação contra o Covid-19 no país.

A primeira coisa que você deve aprender é tanto as Vacinas quanto o Soro agem como imunizadores, mas são usados em diferentes situações. Veja as diferenças básicas.

Diferenças entre Soro e Vacinas

As vacinas são preventivas. Elas são utilizadas para “ensinar o organismo” a se proteger de uma possível invasão. O outro produto, o Soro, é utilizado com finalidade terapêutica para quem foi de alguma forma contaminado por uma doença ou picado por um animal venenoso. Conheça um pouco mais sobre vacinas, a produção de soros, e a diferença entre vacina e soro.

Entre os tipos de imunizações, as vacinas são as mais comuns. Mas, não se pode esquecer da importância da soroterapia em algumas doenças. Diferente das vacinas na função e na composição, o soro é usado como tratamento depois que a doença já se instalou ou após a contaminação com agente tóxico específico, como venenos ou toxinas.

A diferença entre os soros e as vacinas está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença, mas que “despertam o organismo” para gerar os anticorpos necessários como prevenção.

Vacina previne a doença. Soro combate a doença.

A vacina, no entanto, é inócua para disparar a doença, mas funciona como um alerta que induz o sistema imunológico da pessoa a produzir os anticorpos defensivos, evitando a contração da doença. Portanto, o soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva.

Mas, temos no Brasil uma crise provocada pelo Movimento Anti-Vacinação. Muitas famílias deixaram de vacinar as crianças por questões religiosas ou porque acreditaram em fake news que diziam que “sem a vacina os riscos seriam menores”.

E , no Covid-19, a situação foi muito mais grave, porque em 2020 e 2021 o próprio presidente da república, Jair Bolsonaro, atuou como o líder do movimento anti-vacinação  no Brasil. Entre as consequências destas irresponsabilidades estão, por exemplo, a volta do Sarampo, entre outras doenças contagiosas que poderiam ser evitadas. A crise das vacinas no BrasilE, no caso do Covid-19, a postura antivacinas teve um componente ideológico negacionista, que contesta as evidências científicas, gerando desinformação e colocando a população em risco com o uso de medicamentos sem eficácia, e sem a proteção vacinal.

A falta de vacinas e as mortes por Covid-19

Em dezembro de 2020 o presidente da república do Brasil disse que “a melhor vacina contra o vírus é pegar o vírus”, o que é claramente uma declaração equivocada sob o ponto de vista científico. Esta proposição provocaria uma aceleração violenta de mortes no Brasil pela Covid-19, muito acima das mais de 600 mil morts acumuladas atéo final de 2021.

Quando começaram a chegar as primeiras vacinas anti-Covid-19 no Brasil, em janeiro de 2021, o presidente da república voltou se manifestar questionando a eficácia dos produtos, sem nenhum dado que sustentasse as afirmações dele, o que contribuiu para reforçar o movimento antivacinas no país.

A crise brasileira das vacinas contra o Novo Coronavírus, que provoca a doença do Covid-19, portanto, teve uma natureza política, com raízes em um discurso anticientífico. Além disso, entre os principais fatores do número de mortes no país ser muito mais alto que a média mundial, está o fato de que o Governo Federal não comprou em 2020 a quantidade de vacinas necessárias para imunizar a população de maior risco no começo de 2021.

As vacinas derrubaram as mortes por Covid-19

Com essa demora, provocada por um boicote liderado pelo presidente da república, o Brasil ficou para trás em relação aos demais países em condição similar de desenvolvimento.

Apenas o Instituto Butantan, do governo do Estado de São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz, com capacidades limitadas de produção e de importação, é que disponibilizaram as vacinas iniciais da Coronavac e Astrazêneca-Oxford no primeiro semestre de 20201.

Porém, era possível ter complementado e acelerado a vacinação com as compras de vacinas Pfizer que inicialmente foram boicotadas pelo governo Bolsonaro, que rejeitou importações maciças que poderiam ter sido feitas pelo Ministério da Saúde, e isto não foi feito em tempo.

Somente a partir do final do primeiro semestre de 2021, com o apoio de importações de vacinas das fabricantes Pfizer e Jansen, é que a curva de mortes no Brasil começou a declinar de maneira expressiva, caindo rapidamente com  o aumento da cobertura vacinal. No entanto, mesmo com as evidências científicas, o presidente da república permaneceu insistindo no discurso negacionista contra o uso das vacinas anti Covid-19.

Comportamentos negacionistas prejudiciais à saúde

Os especialistas internacionais em saúde pública que publicaram um artigo científico na revista Science, em abril de 2021, liderados pela professora Márcia Castro, da Harvard University, responsabilizaram o comportamento do presidente da república do Brasil como a origem do elevado número de mortes na Pandemia, muito acima da média mundial,  e da falta de vacinas no país.

Entre os gestos negativos praticados pelo presidente Jair Bolsonaro na crise do Coronavírus, e listados pelo psicólogo e doutor em Ciências Humanas, professor João Vianney, estão:

  1. A postura negacionista do Governo Federal, em que o próprio presidente da república dizia desde o começo de 2020 que o vírus provocaria apenas “uma gripezinha”;
  2. O desrespeito às recomendações da Organização Mundial de Saúde;
  3. O Boicote ao uso de máscaras e realização sucessiva de aglomerações pelo próprio presidente;
  4. Incentivar a população no uso de remédios sem eficácia contra o vírus; e, principalmente,
  5. O fato do Ministério da Saúde não ter comprado as vacinas que foram oferecidas ao Brasil em 2020, com destaque para as 70 milhões de doses em pré-venda pela Pfizer, e que foram desdenhadas pelo presidente Jair Bolsonaro, dizendo que quem tomasse a vacina poderia “virar jacaré”.

 

O que é um vírus?

Para você entender a gravidade do problema, veja com a professora Juliana Evelyn Santos o estrago que um simples vírus pode fazer nas células e no sistema imunológico dos seres humanos. Vírus como o HIV-AIDS, e o novo Coronavírus são devastadores.

Muito bom este resumo. Têm mais aulas com ela no canal do Curso Enem Gratuito.

Entenda as Vacinas

As vacinas contêm agentes infecciosos inanimados, que induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando a contração de uma doença. Isso se dá através de um mecanismo orgânico chamado “memória celular”.

As vacinas diferem dos soros também no processo de produção, sendo feitas a partir de microrganismos inativados ou de suas toxinas, em um processo que, de maneira geral, envolve: A) Fermentação;  B) Detoxificação; e, C) Cromatografia.

Tipos e descrições de vacinas para a prova de Biologia Enem:

Vacina BCG

Preparada com bacilos vivos provenientes de cepas atenuadas de Mycobacterium bovis. Deve ser administrada com seringas e agulhas apropriadas o mais precocemente possível, a partir do nascimento, embora pessoas de qualquer idade possam ser vacinadas. É aquela vacina que deixa a marca no braço, ok?

Vacina contra hepatite B

Vacina produzida por engenharia genética com técnica de DNA recombinante, contendo antígeno de superfície do vírus da hepatite C (HbsAg). Deve ser administrada o mais precocemente possível, a partir do nascimento, por via intramuscular profunda, seguida por outras duas doses, um e seis meses após a primeira.

Os adultos devem também receber três doses das vacinas contra a Hepatite B, respeitando-se os mesmos intervalos, embora, nestes casos, vimos indicando a vacina conjugada, contra as hepatites A e B, seguindo o mesmo esquema já proposto.

Vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola

Vacina combinada de vírus atenuados contra as três moléstias. Pode ser utilizada a partir de 12 meses de idade, em dose única, embora, indiquemos uma segunda dose, a partir da adolescência.

A aplicação é subcutânea, tendo as mesmas contra-indicações da vacina contra o sarampo, ressaltando-se que mulheres em idade fértil vacinadas com esta vacina (ou com a monovalente contra o sarampo) devem evitar a gravidez durante os 30-90 dias seguintes à imunização.

Reações como dores articulares, artrites e adenomegalias podem ocorrer, principalmente em adultos, entre a segunda e oitava semana pós-vacinal, em resposta ao componente anti-rubéola.

AIDS não tem cura nem vacina

Os registros da Organização Mundial de Saúde mostram que há um novo ciclo de crescimento da contaminação de jovens pelo vírus HIV, que debilita as defesas do organismo e abre o caminho para as doenças relacionadas  à AIDS.

Não há vacina contra o virus HIV, e ainda não há cura para eliminar o vírus no organismo humano. Veja aqui aula gratuita sobre HIV-AIDS para mandar bem as questões de Biologia no Enem.HIV - AIDS Não têm cura e nem vacinas

Aula Gratuita sobre a Crise das Vacinas

Existe um movimento anti-vacinação na sociedade. Muitas família estão optando em não vacinar as crianças nas campanhas públicas de cobertura de proteção contra a Poliomielite, o Sarampo , a Rubéola e o HPV, entre outras doenças que podem ser prevenidas.

Veja como a questão é grave. Depois da aula responda as 10 questões do simulado Enem & Encceja.

Gostou do vídeo e da aula? Então, agora é hora de ver sobre AIDS, Gripe, e a diferença entre Soro e Vacina antes de responder ao Simulado!

Vacina contra a febre amarela

Produzida com vírus vivos atenuados. As vacinas da Febre Amarela podem ser administradas (via subcutânea) a partir dos seis meses de idade em habitantes de áreas endêmicas da doença, ou também, aos viajantes que se dirigirem a essas regiões (imunidade adquirida após o décimo dia do ato vacinal).

Em casos de epidemias, deve-se considerar a possibilidade de utilização do composto vacinal em crianças menores de seis meses. Reforços devem ser realizados a cada 10 anos. Tem como contra-indicação, além das contra-indicações gerais às vacinas de vírus vivos, dentre as quais a gravidez.

Vacina contra gripe

Produzidas anualmente utilizando-se as cepas virais relacionadas às epidemias da doença do período imediatamente anterior à sua fabricação, as vacinas contra a gripe são produzidas através da separação dos vírus coletados em vários laboratórios dispersos no mundo, muitos aqui no Brasil.

Essas vacinas, de vírus inativados, podem ser administradas a partir dos seis meses de idade, sendo necessário às crianças menores de seis anos, que a recebem pela primeira vez, a administração de duas doses (com aplicação de metade da dose em cada uma das aplicações).

Embora sua eficácia se situe entre 80% e 85%, a aplicação recomendada destina-se a todas as crianças com risco de disseminação da doença, àqueles portadores de infecções de vias aéreas de repetição, de moléstias cardiovasculares e pulmonares crônicas (inclusive asma).

A aplicação, intramuscular, pode levar à dor local e, mais raramente, à febre e discreta mialgia. As contra-indicações se restringem a reações alérgicas a um dos componentes vacinais, às proteínas do ovo e ao timerosal. A gravidez deve ser avaliada em cada caso, não se constituindo em contra-indicação absoluta da administração.

O que é o Soro

Aplicação e tipos de soros:

Os mais conhecidos soros são os antiofídicos, que neutralizam os efeitos tóxicos do veneno de animais peçonhentos, por exemplo, cobras e aranhas.

No entanto, há soros para o tratamento de doenças, como difteria, tétano, botulismo e raiva, e são produzidos também soros que reduzem a possibilidade de rejeição de certos órgãos transplantados, chamados de anti-timocitários.

Quando uma pessoa é picada por um animal peçonhento, o soro antiofídico é o único tratamento eficaz. A vítima deve ser levada ao serviço de saúde mais próximo, onde receberá o auxílio adequado.

Para cada tipo de veneno há um soro específico, por isso é importante identificar o animal agressor e se possível levá-lo, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.

A produção do soro é feita geralmente através da hiperimunização de cavalos. No caso do soro antiofídico, é extraído o veneno do animal peçonhento e inoculado em um cavalo para que seu organismo produza os anticorpos específicos para aquela toxina.

Esse animal é o mais indicado para a atividade devido à facilidade de trato, por responderem bem ao estímulo da peçonha (o veneno) e pelo seu grande porte, o que favorece a fabricação de um grande volume de sangue rico em anticorpos.

Biologia Enem - Soro e vacinas

Após a formação dos anticorpos, são retirados em torno de 15 litros de sangue do animal. A parte líquida do sangue, o plasma, rico em anticorpos passa por alguns processos de purificação e testes de controle de qualidade, para daí então estar pronto para o uso em humanos.

As hemácias, que formam a parte vermelha do sangue, são devolvidas ao animal através de uma técnica de reposição para reduzir os efeitos colaterais provocados pela sangria.

O soro para o tratamento de doenças infecciosas e para prevenir a rejeição de órgãos também é obtido por processo semelhante. A única diferença está no tipo de substância injetada no animal para induzir a produção de anticorpos, que na maioria dos casos é alguma parte da própria bactéria ou o vírus inativado.

Agora, é hora do Simulado sobre Vacinas

 

Simulado de Soro e Vacinas

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